domingo, 15 de fevereiro de 2009

uma tal cumplicidade.

Desci e o silêncio me acompanhou. Por boa parte do tempo, por todas as janelas e as paisagens bonitas e as caminhadas e os pensamentos que a cidade caos me traz a mente. O silêncio nos lábios e a cabeça a mil. Caminhando naquele vento, naquele tormento calmo, naquele som de violino, fazendo tudo de sementes, alguns sentados e eu ali circulando. Pela primeira vez pareceu que a cidade caos plantou as imagens na minha frente, que me trouxeram a calmaria que permaneceu na minha mente e preparou-me para a próxima ação. Tudo parecendo tão leve e tão repleto, tudo que alimenta o que agora eu sou, até o próximo instante. Porque tudo é sempre essa coisa mutante de vida. E cheio de cúmplices, uma tal sintonia fina que pode surgir ou reexistir assim. Algumas pessoas são um pouco certezas de vida. Explodem em cores, muitas vezes nas mesmas, e são tanto uma coisa maior, que me deixa tranquila. Ou são um pouco essa coisa pequena e perplexa diante de uma imensidão jogada à nossa frente. Talvez seja esse duelo, o único que poderia ser positivo, em que a gente explode e o mundo quer explodir à mesma altura. E a gente fica oscilando, e ele oscila também, e no fim, fica uma tal coisa bonita, mesmo diante de todo o caos.

Sobre as cores, o caos, as nuvens cheias, o vento, o céu imenso e as sintonias finas.

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