sexta-feira, 31 de outubro de 2008

corpo espaçado, mente flutuante...

Eu sento e me desfaço em pedaços, cada parte do corpo é um lado...

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

como o caio diz tudo às vezes...

"Quando eu escrevo eu consigo ordenar tudo aquilo que eu penso. Agora, quando eu falo ou quando eu sou, simplesmente não consigo ordenar nada. Eu sou da maneira mais caótica possível."

pérolas do cotidiano


Pérolas que alimentam os meus dias e tornam eles cada vez mais bizarros:

Manhã:
Enquanto inicio meu dia organizando os livros e o seu Benedito inicia o seu como sempre em leituras em voz alta na livraria. Passo ao lado e não posso me conter à pergunta ao ouvir um trecho um tanto estranho de um livro:
- Que é isso?
- Você sabe falar caipira, Tatiana?
- Ih... Acho que nem sei.
- Eu sei. Quer ver?
- "Eu vô fazê farinha".

Tarde:
Senhora enquanto aguarda a impressão do boleto:
- Tá de quantos meses?
- (risos) eu não estou grávida...
E segue-se milhares de desculpas e uma senhora quase morta de vergonha.

Fim de tarde:
Caminho rapidamente até o ponto de ônibus, quando observo um menino de 6/7 anos dançando enquanto caminha com a mãe. De repente ele me olha e solta:
- Você sabe dançar psy?
- Não sei. Você vai me ensinar?
E começa a dançar na rua.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

sensações-impressões estranhas.

não queria me tornar aos olhos de alguém só a coisa dura.
mas a outra parte, a parte inteira depende de sensações, fortes, de turbilhões, puros...

tô quase falando feliz 21 anos antecipado, é tanta coisa para um ano, os dias foram meio multiplicados.

depois de passar tudo, será que vem o que agora?

acho que é a hora de fugir um pouco do lado de cá.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

ímpar;

praça, flor meio exótica e de cor forte, aquele som longe de praça de correria e risos, aquele ar cheio, sentar na grama e desfiar as linhas trançadas na nossa mente nos últimos dias, coisas que fazem todo o sentido no domingo.

essa paz que o paraíso sorocabano me traz.

domingo, 26 de outubro de 2008

duas doses de febre;

Acordei com tanta febre hoje, que minha cabeça fervilha e parece explodir a tudo. Parece que nas palavras novamente não cabe o mundo inteiro que eu teria pra falar... Mas custa só dizer que eu não quero isso. Que eu quero ver tudo explodindo em mim e tudo parecendo leve. Que eu vivo disso ao contrário de abraçar vazios, cheios inteiros em você e vazios em mim.
Fiquei afim de vomitar o mundo mesmo e catar os cacos que formam o que é doce. Doce é o tanto quebrado e um tanto também inteiro de ar, e não de sufoco. Sufoco é pedir pra engolir essa merda toda que te faz rir e me fazem vomitar. Coisa bonita e colorida que pra mim é mais que transparente, e nem transparente poderia ser, porque transparência diz muito pra mim. É sem cor. É uma cor disfarçada da qual se alimentam aqueles que acham que sorriem inteiro. Ou sorriem inteiro mesmo, só quero muito longe de mim.
Me dá denovo uma chance de correr por aí. Preciso descobrir o que há fora da janela desse trem que por uns minutos-dias resolveu parar denovo.
Parece que as palavras regrediram, mas insisto em andar. Mesmo que me perca um pouco. Só não dá pra ficar nesse lugar branco por tanto tempo, daqui a pouco ele me engole.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

sentido;

Eu tentei explicar como preciso das coisas explodindo muito às vezes e que calmaria só não cabe mais em mim há algum tempo. E que aquele "liberta" libertou um mundo todo dentro de mim, que pede pra gritar às vezes, e eu deixo. Não cabe ainda te explicar todas essas coisas que passaram, mas eu queria tentar, pra não ser nenhuma vez só um machucado. Temo que as minhas vontades tenham tomado conta um pouco da minha consciência.
E eu escolhi viver, antes de querer renunciar a qualquer coisa. Uma parte do que me incomodava fugiu denovo. E as coisas fluem leves. Posso até descer denovo as ladeiras e acompanhar as luzes dançarem na minha visão falha.

Elemento estranho esse que de certo é água e tem às vezes tudo próximo diluído, como corpo e o resto como coisa só e se move pelo vento.

Eu caminho nessa linha torta de olhos fechados e vivos.

sábado, 4 de outubro de 2008

mesmo que não seja mais dor.

"...sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor pois se eu me comovia vendo você pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo meu Deus como você me doía de vez em quando eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno bem no meio duma praça então os meus braços não vão ser suficientes pra abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme só olhando você sem dizer nada só olhando e pensando meu Deus como você me dói de vez em quando".

Ah, Caio F., você diz tudo às vezes.