terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

luz;

Quando fechei as portas, sem você nem saber, lhe disse: adeus. Porque o que eu quero é parar de tentar regar um jardim de onde não saem mais flores. O que eu quero é parar de alimentar algo que não vai renascer, mas também não me deixa continuar. Sopros que só desviam o vento de rumo, ou na verdade, o fazem parar e deixar-me aqui. E estar aqui, é o pior, é entre o sentir e o vazio, é o intervalo entre os espaços de tempo, é o meio-termo.
Parecia que finalmente havia levantado da cama, e libertado os olhos daquela certa melancolia. Mas era ilusão... um golpe do tempo, e arranca-lhe para lá denovo - alguém tenta re-pintar os muros brancos. Preciso acordar, preciso acordar do sonho, antes que façam do muro, parede, e que esqueçam de fazer nelas, as janelas.
Mas antes é preciso se libertar do sonho doce...
me diga, o que é ilusão e o que pode ser real... me diz, porque eu me perdi denovo. os olhos me dizem o que realmente eu vejo, ou o que eu quero ver?