domingo, 14 de outubro de 2007

convenções;

O tempo me consome,
enquanto ele diz ser apenas uma convenção
se for, quem sou eu então,
procurando o equilibrio, e perdendo-o,
a cada instante, que seria o mais preciso,
o que mais preciso;

enquanto ele tenta me puxar,
só me vejo afundar mais;
e isso tudo por não saber ser mais que
silêncio e doce;
doce-azedo à ponto de estragar;
que se entrega em versos,
que eu não aguento mais!
fui eu que fiz disso
uma convenção,
minha linha e ação;
procuro um salvador,
que não existe.
o salvador não é o tempo, não é o outro,
quem salva está mais perto,
está diante,
é o reflexo e o mesmo;
mas ainda não consigo
encontrar o ponto de quebra,
só encontro o ínicio do sentido,
e necessidade da volta,

quando te vejo de lado,
à ponto de estar de costas e andar,
sem o tempo, sem mim,
à seguir o que te faz acreditar,
ou talvez, o que te faz apenas seguir,

e que eu não consegui;
vencido o cansaço,
isso me persegue nos meus sonhos.
aquela história do traga um sonho bom pra mim,
deixe para lá,
eu quero mesmo, é
não precisar dele.
as revoluções, é que me fazem andar.