quinta-feira, 23 de novembro de 2006

sobre saudades.


Às vezes dá vontade de ter um pó de pirlimpimpim. Ou qualquer dessas coisas mágicas, que podem nos levar à qualquer lugar ou trazer qualquer alguém que quisermos à 'este lugar'. Mas a vida aqui tem uma magia diferente daquela do sítio do tal pássaro do pózinho. Essa magia, que não permite que algumas relações acabem, mesmo à distância. Alguns 'sentidos' que a distância não apaga. E que seja assim, por favor. Pois a minha vida não se completa só de mim.

da minha maneira.


Tenho como propriedade certa barreira. Que às vezes se torna instransponível... mesmo sendo transparente. Preciso dela pra ver, mas ela também gosta de inibir meus gritos, "necessários". Preciso gritar ao mundo o que vejo, porque já sufoca demais em mim. Meu combustível se torna palavras, sendo silêncio o combustível primeiro. Queria jogar cores em telas vazias. Penso que a expressão seria mais verdadeira ... os sentidos não cabem em palavras. Talvez os sentidos se percam quando saiam do nosso corpo, eles nos pertencem. Fora de nós, perdem todo o contexto ... ou talvez encontrem outro lar.
Eu que fujo tanto da contradição. Me persegues?

terça-feira, 7 de novembro de 2006

never is a promise.


Transfere para o piano os toques de angústia que marcaram os pálidos dias de setembro em sua infância. Da mesma forma que suas entranhas foram violadas, ela viola todos os limites sonoros. Lhes exprime, retira deles o possível e o impossível. A vida nesta sociedade é uma eterna volta ao lar, mas para lá ela resolveu não voltar mais. Em seu rosto parece que sempre permanecerá certa inocência infantil. Mas os seus sonhos e aspirações se foram juntamente aos gritos de desespero, que nunca silenciam. Eles continuam escondidos em cada nota. As palmas ao fim de cada apresentação são para vocês, meros fantoches de um palco de ilusões.
Can't you see?
never is a promise ...