domingo, 30 de novembro de 2008

manso.

Enfim, gosto de você por perto. Mas eu fico tentando meio esconder, porque pode ser que você não entenda... Sempre essa coisa meio instável dominando meu corpo e a minha mente.
Eu odeio como essa coisa de "faltará sempre a sinceridade" permeia o que é desfeito. Parece sempre se repetir, embora alguns lapsos salvem a coisa toda, mas são raros... Enquanto isso fico a todo tempo procurando o que eu penso e sinto linearmente, afinal para mim aquelas partezinhas marcantes ficam e significam, sempre quando reencontro.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

O que não dá é pra ficar quieta.
O que não dá é fechar os olhos e não ver.
Afinal a gente tem que interferir nas coisas, não dá pra ficar eu parada aqui calada e você aí.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

sobre as 'águas passadas'...

Para o Daniel, o motivo do post era esse: http://allesblau.net/

Há dois meses meu coração andava apertado, querendo muito estar pelas terrinhas do sul denovo, e passar um tempo nem que fosse jogada no sofá da irmã de tarde morrendo de calor, e depois cozinhando alguma guloseima nossa no sofá. Com aquela coisa nossa, de tanto tempo: apoiadas nos nossos próprios ombros. Querendo conhecer o Thomas, que nasceu e eu ainda nem vi. Querendo estar do lado do Bruninho, acompanhando as linhas infinitas que surgem daquele menino e vão parar sei lá onde... Bruninho é imaginação pura... meu ponto simples e que me faz respirar tão puro no meio de tanta coisa dura e tanto concreto. E na semana passada, que me veio o Marcos na mente e me deu um aperto e uma vontade de estar perto, meu quase vizinho, companheiro, que me dizia as coisas que mais tarde estariam tão presentes na minha mente... Sentada em um bar qualquer com o Ti, tomando a cerveja que agora eu quero. Rindo com a Raquélica como sempre...
E tudo isso foi literalmente por água abaixo...
Hoje eu só consigo pensar em quando é que isso tudo vai passar, e eu nem sei bem como, afinal vão ter que reconstruir a cidade inteira, ou acabar com os morros todos, desviar os ribeirões, tirar casas do nada e colocar onde aliás?
Meu coração tá apertado, metade aqui, metade lá, uma coisa meio engasgada e a sensação estranha de pensar que foi lá e que isso tudo aconteceu. E que coisa surreal.
Foi a coisa mais direta que esse blog já teve, mas foi um desengasgo, ou sei lá, um maior ainda, porque remexer nisso dói, como dói pensar em tudo que envolve isso.

domingo, 23 de novembro de 2008

pára de chover!

e dá pra ficar tranquila, mesmo há no mínimo 8 horas de distância de lá?
fico há tantos quilômetros pedindo que pare de chover um pouco.
Enquanto isso, meu corpo todo se mantém tenso e minha mente longe.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Dia engasgado

Pise com os pés o coração para fazer dessa dor seca, sangrar alguma coisa. Joguei tudo para o ar e transpareci, virei pedra. Venta denovo e retorna as coisas leves. Lembro bem agora, como chuva diz quando vem: "dá espaço aos vazios também..."
Embora eles doam e eu peça só o refugo de um abraço. Olho para os lados e vejo tudo cheio. Ainda não chegou aqui... Me deixa me esconder um pouco no meu casulo de pedra. Mas dessa vez te dou a senha... Me importa as coisas compartilhadas e dessa vez peço que o engasgo vire vômito.
É tudo tão fragmentado. Pode existir algo inteiro? Há algo estranho no ninho... Suguei meu corpo todo pra dentro, tá díficil respirar.

sábado, 15 de novembro de 2008

é meio triste esse teu jeito de retornar as tempestades.
como se essa indiferença toda não contasse...
se sou parede, elas tem certas rachaduras, e você se esquiva pelos espaços...

Você não sabe como doeu fechar aquela porta.

domingo, 9 de novembro de 2008

As pessoas pensando sempre que os problemas estão nos lugares e não nelas mesmas.
Passar a vida inteira se mudando achando que isso é que vai resolver alguma coisa.

sábado, 8 de novembro de 2008

Acho que no dia que morrer, vou me misturar ao ar.
Ou vou cair na água mesmo com o vento todo batendo naquela cena de final, com alguém me segurando em um pote bem perto da ponta e me jogando, e eu virando todo vento e toda água, porque de alguma forma, uma hora, vamos virar uma coisa só.
Ou quando o sangue jorrar até o limite dentro do corpo, quando estiver assim meio explodindo pra fora, quando o limite transpassar o meu corpo todo, e eu já não caber aqui. Os olhos arregalados, e um suspiro.
Queria conseguir definir o significado de 'tocar', mas é uma coisa tão imensa. Que não sei a nossa visão não diz mesmo nada, afinal tudo tá além do limite visível das coisas. Como elas se aproximam muito antes de se tocarem. E quando a gente meio se bate, no meio dessa dureza toda, e o barulho dos corpos se encontrando é bem mais vivo que muita coisa. A gente vai se encontrando, e se juntando, e cada vez mais perto que no final viramos um monte de coisas flutuantes.
Flutuar, ser um pouco do ar, não sei. Essa transparência cheia.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

meia luz, meio vento...

às vezes a gente não cabe, às vezes a gente não cabe na gente...
meio um coração batendo calmo e forte.