segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

compressão.

É tão bonito se você colorir assim. Mas é só uma deixa, um espaço vazio no tempo que te deram pra entrar. Agora você vive se comprimindo pra caber no abraço seco. Ele brilha longe e te comprimi em mil pedacinhos quebrados... pedindo pra estar perto. O mundo gira, gira e você está lá parada no meio do nada, atrás do lado seco das lágrimas, pois nem elas escorrem... É preciso viver em segredo a dor. Ou se não se consome tudo. Se perde tudo.
Até quando se perguntar se é melhor viver assim comprimido ou seguir o vento frio. É melhor quebrar logo, senão a gente vira pedacinhos tão pequenininhos... que perde-se muito ao juntar denovo...
me faz lembrar a todo tempo como é colorido-dolorido.

sábado, 27 de dezembro de 2008

voltando, voltando...

O mais dolorido não é a distância. O que corta fundo mesmo é que me sinto moradora dos dois lugares. Quando estou lá, parece que vivo lá. Quando estou aqui, parece que vivo aqui. E não há como fazer uma separação entre os corações de lá e daqui. Vejo todos lá e parece que nada mudou, parece que não há distância e tempo que interfira em nada. Mas quando volto é sempre o mesmo baque. É perceber que há uma puta distância entre nós e que nossa convivência depende hoje de poucos dias.

Hoje eu sou só uma pintura rebuscada de alguém...

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

último dia...

Como é dificil se despedir e pensar que vai demorar meses para eu conseguir voltar pra cá.
Junto a mim voltam um abraço carinhoso, as risadas e o sotaque - que eu nunca gostei e dessa vez pareceu tão doce.
Algumas coisas me incomodam muito ainda nessa terrinha alemã. Essa indiferença toda, essa tradição que parece prender às pessoas à terra e a tudo mais. Não sei como explicar, nunca soube, mas eu vejo uma coisa tensa na vida que os blumenauenses e região levam... diferente de como sinto Sorocaba como um certo paraíso pessoal... é tudo tão mais simples lá.
Preciso cada vez mais das coisas simples, cada vez mais me sinto como um corpo flutuante, transparente... O mundo todo respira dentro de mim. E eu transpiro tudo... Só uma bolha no meio de todo o ar...

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Terrinha alemã, cheguei!

Na estrada já dava pra perceber parte do estrago...
E eu me dividindo entre a vontade imensa de ver todas as partes do caminho e o sono que vinha arrebatar-me e roubava os olhos da estrada...
Chegar aqui denovo, me reacostumar com as cores da cidade, um tanto apagadas hoje, mas que me remetem a tanta coisa...
Um berro tão bom de ouvir no interfone, abraços e as companhias... ah! Vamos lá semaninha. :}

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

sobre o mesmo dia...

Hoje eu repartiria a dor em mil pedacinhos, porque eu realmente não queria senti-la sozinha.

sempre algo a perseguir...

O dia 12 de dezembro cada vez me dá mais receio... Desde pequena sempre acompanhado de algum fato marcante. E desde o ano passado, marcado pelas despedidas... de uma forma ou outra é sempre alguém se despedindo... a distância que aumenta e a saudade que corrói.
Tudo escolhe sempre esse dia, ou ele que puxa tudo consigo...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Sobre outros alívios..

E é bom ouvir Regina Spektor novamente e a tristeza não acompanhá-las mais.

conversas emessênicas de madrugada...

... e coisas que vão surgindo:

A falta de tempo faz a gente manter as coisas superficiais. Não que a gente queira, mas a gente tem que ficar se encaixando nele o tempo todo e algumas coisas ficam pra fora. Dá um certo alívio e felicidade quando as coisas que valem a pena e gostamos cabem nesse espaço e tempo todo.

O lado bom de tudo que aconteceu nas terrinhas do sul, foi retomar o contato mais próximo e ver tudo interagindo denovo... Como é bom, como é bom de alguma forma sentir tudo perto. Falta só sentir o cheiro da terra...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

querendo um pouco mais que três dias.

coração anda inflando novamente.
preenchido de preciosidades antigas.
mas anda meio dividido, não sabe se fica aqui, se permanece lá.

a corda puxa de lá e puxa de cá, e parece que de lá cada vez é mais forte...
e pede certa paz de sentar na beira do mar, de ficar na grama olhando pra nada, com um efeito de vinho, e os reencontros todos. me veêm todos à cabeça e um abraço tão apertado.

até me sinto cheia, distante.
e felizmente menos triste, vejo tudo movimentando denovo...

se me pedirem para ficar aqui, com mais alguns dias eu seco.
preciso ventar por aí, mas volto, daqui eu não me perco, não. meu paraíso... mas até do paraíso a gente pede férias.