quarta-feira, 13 de outubro de 2010

às vezes eu queria ter uma explicação plausível, e só.

Fui rabiscando o chão com passos curtos, indo e voltando, e por horas talvez andando em círculos, e percebendo que não me deram todas as palavras do mundo para explicar as coisas. Faltou alguma coisa no meu vocabulário que nunca se completou o suficiente para que eu possa explicar as coisas que vêm mais lá do fundo. E de certa forma, percebi que ah, nem eu me compreendo às vezes por isso. Mas por algum milagre, algumas palavras vão caindo, passando pela minha garganta, encontrando o meu coração e lentamente vão mostrando algum sentido visível para o que se passa nele. E eu agradeço, enfim, por essas raridades.
Mas quando elas não surgem, eu fico costurando sentidos com todas as linguagens possíveis, de respiros, poesias, silêncios, humores, até que tudo isso forme alguma letra decifrável (pra mim, acima de tudo).

e tudo acontece tão rapidamente...

Demora um tempo, mas daí você percebe que algumas coisas acabaram pra sempre. E dá vontade de ter agarrado cada segundo dos momentos em que tudo existia daquela forma.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

É sol.

É sol, final de tarde, silêncio, espaço quase vazio, mas metade cheio aqui dentro - de amor, esperança, paciência e outros sentimentos bobos que a gente se enche em final de ano. É impossível estar indiferente ao turbilhão que esse ano está sendo - e quase já não é mais - e à incógnita que o próximo ano é. Tão assustador, como desafiador, como convidativo. E eu fico aqui inebriada pela força que cada dia que passa tem e pela proximidade de novos.

sábado, 2 de outubro de 2010

ah!

No meio desse mundo vasto e que muitas vezes parece vazio de coisas que realmente me toquem, surgem algumas pessoas caminhando como formigas no meio do concreto sujo e áspero, tão formidáveis e bonitas que conseguem, apenas com uma palavra, arrancar um suspiro.