domingo, 29 de maio de 2011

Pegou todas as esperanças e amarrou em um saco, deixou lá na frente e ficou a esperar alguém pra buscar. Eternamente... Não, não é assim. Eu corro pra alcançar a velocidade do tempo e nesse espaço eu me perco. Fantasmas à me assombrar e uma flor esquecida no asfalto, a qual nunca encontrava, esquecida de desviar o olhar. Eu não sei mais o que esperar - e nem sei se espero. Só corro no asfalto quente.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

existir e só.
(dando uma folga para o coração)

espero.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Quem consegue lidar com tantas portas abertas?

terça-feira, 17 de maio de 2011

concreto um sonho.

A minha casa é uma ilha.
Pegaram uns pedaços de pedra recortados e encaixaram
em um espaço cinza: eis um lar.
Meu jasmim abraça a telha.
Ele tem a minha idade e não cresce mais.
Me disseram que já morreu.
Mas eu desconfio, ele continua verde.
Às vezes eu penso:
Isso não é meu.

domingo, 15 de maio de 2011

meu tempo é longo.

Algumas coisas você protege em um canto quietinho, guarda rápido ali, nem pensa como embrulhar. Só pega aquela coisa e deixa ali na redoma, protegida, dos outros e de si mesmo. Daí alguém pega, te mostra os outros lados para os quais você sempre desviava o olhar e joga isso nas suas mãos. Já não cabe mais no espaço que estava e já não pode mais ficar assim nas suas mãos, tão exposto.
Eu não sei, eu não sei. Eu queria um tempo e ficar só eu na redoma, sem esses pedaços todos espalhados e fincados em tantas portas...

sábado, 14 de maio de 2011

Vem com o vento bom de mudança...

Eu encho os meus pulmões de ar. O meu ar purificado esvaindo pouco a pouco cada miligrama de peso carregado e enferrujado aqui dentro. Eu agradeço pelo que sou e pelo que fui e porque eu posso ver esse você hoje e essas palavras não resumem o tempo, e nem pretendem, porque o tempo não seria palpável, mas porque - mesmo sem qualquer pretensão - me dão forças para seguir e me ensinam sobre mim. Obrigada, vento bom, porque hoje, agora, eu sei melhor de mim.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

De todas as palavras que eu poderia ter dito, 'saudade...' era a mais verdadeira delas... e foi a única que eu não disse.

terça-feira, 3 de maio de 2011

do indízivel...

É noite, é frio, é melancolia, é saudade... são os sonhos perseguindo toda noite e a energia apontando caminho, todo dia essa luz me transpassando e apontando pra alguma coisa e sempre uma mensagem que tranquiliza ou surpreende, o vento - e só o vento? - tateando a minha pele e minhas esperanças se perdendo e se encontrando pelo ar...