segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

escada marrom.

Ando pela praça, pelas avenidas e ando e ando e ando e parece que chegar nunca é destino. Destino é ficar andando e andando e andando. E quando vejo que preciso parar é quase abismo. Parado a cabeça para junto. Ou talvez seja pior estar andando o tempo todo e sentir-se parado. Meu sentido some quando a cabeça começa a rodar e é quase sempre, agora.

Preferível o quase sempre - vento.

manhã azul.

Talvez fosse a cabeça voltando meio atordoada, perdida às 7h da manhã... depois de rir de tudo besta, internamente, que pudesse se reparar naquela noite malditamente colorida. Tocou meio azedo em mim com essa zona interna meio interditada.
Caminhando de manhã, com aquele sol chegando, e tudo soando tão leve, e minha cabeça pesada. E pensei, pensado de um jeito que eu nunca tinha reparado. Vi a imagem de um revólver como sombra na calçada e isso acionou tanta coisa. Aquela fossa, e pensar que nunca fez tanto "nenhum sentido" usar aquilo como algum fim. Porque apesar da morte ser alguma coisa tão fria e uma coisa meio resultado, comecei a pensar que mesmo ela teria algum sentido, e veio aquela sensação meio em frente aos olhos do sangue todo gelado percorrendo pela última vez o corpo. Em contraste com aquele corpo quente, aquilo tudo correndo tão quente e tão forte, e derrepente é a última vez, a última vez que corre pelas veias e ainda parece tão forte. E a idéia do corpo meio explodindo veio novamente. Ele explode e morre. Como pode ser uma coisa ruim? Como poderia se fazer da morte algo tão seco, como escolher aquele cano frio como fim para alguma coisa. Afinal a morte fez meio parte das coisas bonitas. Ou das coisas que fazem algum sentido para sentir assim tão vivo. A morte não é nada sem cor, é algo azul. É a diferença entre o reflexo do espelho e a imagem real...

domingo, 25 de janeiro de 2009

sintomas estranhos.

Em épocas estranhas dessas é melhor até andar com o óculos amarrados... perder ele duas vezes em dois dias seguidos não é bom sinal. Principalmente quando você se toca que deixou ele dentro do prato de sobremesa e que o carregou até a cozinha, sem ver o óculos lá ou que você levou a mesinha da sala até o canto e nem percebeu que o óculos estava em cima.
Mais estranho ainda é quase perder o sábado por ter dormido até 2h45 da manhã.

Por sorte ainda existem Lisas na minha vida para me ligar e me obrigar a levantar da cama, quando me escondo de tudo.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

quando é que isso tudo começou?
o que a gente faz?
às vezes a gente grita socorro
e às vezes é pra lugar nenhum...

domingo, 18 de janeiro de 2009

Pela primeira vez eu pensei "o que é que eu tô fazendo"...
Planejando dois anos e nem se sabe o que será deles... eu poderia colocar os pés no mundo agora. Porque tanto tempo pra decidir se era mesmo 'a coisa' e no final, podem ser 5 anos que não servirão de nada...

sínteses tolas...

Nós somos tão vulneráveis, meu amor. Eu nunca tinha percebido tanto isso. Todos são meio descuidados. Eu não sei o que posso viver, eu não sei até quando. A gente vive inventando tudo ao nosso redor. As pessoas gostam de viver algo inventado... Aquela frase "porque afinal ninguém nunca se tocou" fica rodeando a minha cabeça, ela não sai daqui...

Ela e pensar que algumas pessoas realmente não podem caber só em 7 de 365 dias.

A gente vive é pra fora da janela... ou sem janela mesmo. sem a de concreto... porque da outra, eu percebi, como nunca, a gente precisa reencontrar...

E ao mesmo tempo, já está tudo tão apagado. As ondas de luzinhas amarelas já cobriram boa parte do que nos resta...

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

pedaços;

até o mais paciente, cansa.
o telhado vai ganhando mais buracos para a coleção...

sábado, 3 de janeiro de 2009

"well if it's still pretty what with all these leaks we'll be fine."

esse ano começou realmente estranho... e até que estranho pode ser algo bom. ;)

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Alguém disse que você vai viver uma fantasia besta até o final... E o final das coisas é onde nem começou. Tudo parece denovo não ter nenhum sentido, e parece não existir mais nada palpável onde você possa se segurar. A gente devia mesmo arrancar o coração e viver sem ele. Ou senão a gente vive sangrando o tempo todo e nunca se recupera. Esse é o problema, a gente nunca se recupera. Queria viver um pouco no casulo amarelo.
Qualquer coisa que eu possa escrever agora parece descartável.
Me dá uma injeção de sangue, porque aqui não sobrou nada.
Eu tenho uma confusão eterna e brutal na minha mente onde tudo se mistura sempre...