sábado, 24 de novembro de 2007

Dois buracos no telhado

Qual é o ponto de equilíbrio, se perguntava... em que linha fica... em que ponto se segura?
Passa o trem, passa o trem, vai perder! Se não é chegada a hora, vai perder, vai perder...
Circunda a mente, e pára ("vai perder"), e esse é o que não se pode perder assim, fácil.
Segue nos pés (na ponta, e como consegue?), discreta e com encanto, sobe nas pontas dos pés, e nem toca o chão. Faz tanto silêncio, que ninguém percebeu. Mas ninguém percebeu! Tontinha... ninguém percebe, ninguém ouviu. Soltou a palavra, e ela se perdeu. Era importante. Não menos que as que não saíram. Mas psiu, não conta. É segredo, entendeu, como elas. Como elas, perdidas, ambulantes, não páram, não páram.
Me ajuda, segura nas mãos, ou bate, bate e mande elas voltarem, e se reorganizarem. Perdidas! Onde já se viu... em tal situação, palavras perdidas dentro da mente. E quem deixou, e quem foi que deixou se juntarem assim. É fogo, tem vida própria.
Qualquer passo no chão tem vida própria, sabia? A gente nem vê. Eles vão, nos levam. O duro é quando vão e nos deixam ali, no mesmo lugar. E como se mover sem os pés, daí? Essa pergunta não deve ter resposta, ou senão... não teriam esses passos procurando-a pela praça.

E se perceber, o trem passa? O trem passa, se a gente percebe? Deixar o trem é perder? E ganhar é o que?
E como acaba, afinal?
Vejo tantos pontos, vejos tantos pontos, me deixa parar!
Estou perdendo, você não viu? Estou perdendo!
Ali, estou vendo, ali.
Diante de mim, o olhar, o rosto.
Me deixa, me deixa parar.
Eu corro, e espero um abraço.
E que ele vá percorrer a semana.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

tentativas...

Sento-me, como em outras muitas vezes, em que que tento parar para te descrever, o que sinto e o que se passa aqui, quando vejo estes dois vídeos, ou quando te olho, e vejo-me de encontro com um olhar tão doce e intenso. É tão difícil, coração... Isto é qualquer coisa, assim, inexplicável... E que nem necessita de explicação... Mas às vezes, eu custo em tentar. Só pra te falar. Essas necessidades de síntese...

Outro dia, continuo. Como na folha em branco...