quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Me dizem que vento não abre tranca de porta.

Já não consegue ser mais do que isso: um coração bandido, largado, debaixo da cama. Se afunda na lama, clama na frente do espelho. Pede silêncio - sem um ruído, sem um sinal! - para os próprios ouvidos. Cala-te e cala-me. Deixa a boca abrir sem pestanejar, mas cala os ouvidos, que não se quer ouvir a volta. Todas as palavras jogadas, largadas aos quatro cantos, aos quatro ventos e só tampa os ouvidos.

Som de surdo é som de coração, e a esse ninguém engana.

Um comentário:

Cláudia I, Vetter disse...

frase final,
fatal.

;)