Esse frio úmido perfura a pele até os ossos e me afunda no azul imenso. O céu tem milhares de camadas azuis e eu atravesso cada uma delas com o fogo ardente e quente dos olhos. Deve ser por isso que é cor tão bonita, cor das coisas imensas, de mar e céu, de calma e tempestade.
Eu fico entre a pele seca e o céu. Não estou onde deveria e até esqueço por uns instantes: eu sou só um olho vivo pulsante.
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3 comentários:
Um olho vivo pulsante que preenche.
Todo o azul da cidade pra ti e todo o teu azul pra cidade.
Os olhos devem mesmo ser a porta de alguma coisa grandiosa nossa.
gostei de imaginar esse mergulho ao atravessar as camadas de azuis.
Mas é exatamente isso. Essa capacidade de contemplação que me mantém viva, eu acho. Morro de medo mesmo de perder isso.
De endurecer tanto até que...
Tô amando o livro!
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