quinta-feira, 3 de agosto de 2006

tempestades



Saudade de ter pra quem correr quando a tempestade começa. De não passar o tempo sentindo nada. de ter os dias corridos, ocupadíssimos, com mil funções, que apesar do cansaço enorme que causam, no final do dia te fazem deitar a cabeça no travesseiro e pensar "valeu a pena". Acorda no outro dia, correndo ainda e parte com uma satisfação e objetivos concretos.
As paredes manchadas, marcadas pelas diversas mudanças que a casa suportou, parecem mais solitárias que nunca. de repente a casa se tornou gigantesca e vazia.
Eu nunca fui tão paciente quanto nos últimos meses. Você acaba aprendendo que ela é necessária para não perder algumas coisas importantes. Mas nas últimas semanas não sei porque, muitas vezes ela resolveu sumir, me abandonar. De certa forma eu mesma tenho deixado ela ir sem algum esforço.
tudo mudou e eu não vi. Eu estava de fora, longe, mas dessa vez sem observar. Eu somente estava ali parada, estática, sem reação.
E quando eu ajudei os outros a reconstruir suas barreiras quebradas, a minha fortaleza caiu, se perdeu em meio a eles.
E o pior de tudo é pensar tudo isso, e não saber se é isso mesmo.

saudade de ter pra quem correr quando a minha tempestade começa.

Um comentário:

Tharcy disse...

adorei o jeito q o texto começa e termina da mesma forma :)