Eu juro que eu gosto mais do que nunca desse movimento de desaceleração. Da minha paz e do meu silêncio. Dos meus ouvidos podendo sentir o pulsar do coração e os meus passos pela rua quente, de sentir o vento fresco na minha pele. Fez tanto calor nesses últimos dias, e eu lembrei como gosto do tempo quente, do calor riscando a pele, invadindo os poros, e até do suor... parece vivo. Já no frio parece que a gente ganha uma camada de algo que, no fim, é coisa nenhuma, só é uma distância do mundo. Eu gosto do final do dia de calor, que me dá vontade de qualquer coisa, mesmo que seja sentir o cansaço tomando conta do meu corpo e uma vontade imensa de estar em algum lugar. Uma vontade de mergulhar de cabeça no rio. A vida desnudando a pele...
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