segunda-feira, 3 de maio de 2010

não se enxerga nada pela superfície.

Esfreguei a pele bem forte para me libertar de toda aquela sujeira. Rasgando os poros e tentando me libertar de algo que eu não sabia ao certo de onde veio. De nada adiantou, aquilo estava solto no ar e de lá alcançava a minha superfície. Agradeci porque só até ali chegaria. Nada conseguiria ferir o que de fundo havia em mim - é lá que se encontra o que há de puro e verdadeiro. Embora haja quem só conheça superfícies.

6 comentários:

... Luiz Esparrachiari ... disse...

Para Flusser, só é possível uma compreensão além da superfície através da 'potencialidade do pensamento', sendo iconoclasta, descontrutora das imagens tidas como verdadeiras para si mesmo. Assim, é o olhar analítico do observador o principal agente da relação entre o ser humano e a imagem. Para tanto, numa reflexão ingrata, como fica as imagens formadas pela compreensão do processo de captação das imagens via sensório-cognitivo? E como fica, quando o agente provoca a descontrução da própria imagem, sendo autoreferente? Tal como você, autoreferente, uma boneca de russa que passa pela construção e descontrução a todo instante. É normal que, pessoas como eu, te vejam na superfície e sintam-se provocadas.

... Luiz Esparrachiari ... disse...

Não entendo porque você separa o pensar do sentir. Pensar envolve o sistema nervoso e provoca estados no corpo através de imagens mentais. O sentir cria imagens mentais variadas direcionadas ao cérebro. Pensar é o processo de concatenar imagens mentais. Pensar é sentir, sentir é pensar, logo o pensamento é corpo.

bea disse...

às vezes na hora de limpar rasgando a gente só abre mais, não acha?
foi a primeira impressão que tive...

.ana disse...

tati, tem alguém que gosta mt de ti ou está mt ocupado em me vigiar! ahahahha
explico: olhando o controle de visitas do meu blog, vi que procuraram no google "blog de tati plens" e me acharam! hahahahah [vai saber, né? já citei várias coisas tuas no meu blog e no facebook, sempre com os devidos créditos.]

aiaiai

bom, sobre teu post: tem coisas que ficam impregnadas na gente de tal forma, que irrita! e cada pedacinho solto que encontramos por aí se gruda de novo, e de novo... [libertar-se pode ser um tanto trabalhoso...]

beijos!

Daniel Moreira Miranda disse...

ah a superficialidade que tanto nos incomoda.

Thiago Consiglio disse...

Bom, sobre a superficialidade das coisas, eu considero ser uma forte caracteristica da pós-modernidade, em que os individuos são considerados fragmentados.
Não há mais uma referência sólida e esta superficialidade acaba sendo profunda, no sentido que envolve várias referências. Mas até que ponto?

O que vale são relações baseadas na Sociedade do Espetáculo?

Por exemplo; as relações já foram baseadas na política e no dinheiro (Grécia, séc XIX).
Será que agora é através da Imagem?

Vale lembrar o pseudointelectualismo que pauta as discussões hoje em dia que é consequencia dessas relações superficiais.

Também acho que envolve-se com a questão da persona que as pessoas acabam utilizando como 'armadura'; relações 'frias' e plásticas acontecem a partir dai.

A superficialidade deve ser entendida como superficialidade.
Você analisar a superfície não acho que encontrará nada, mas justamente a superfície, o que tem-se intenção de ser mostrado.
A partir daí pode-se encontrar alguma coisa; mas será?