domingo, 3 de maio de 2009

superfície.

Talvez quanto mais a nossa casa pareça confortável, mas a gente fica presa à ela. O lar deveria ser um buraco onde a gente só quer se enfiar para dormir, comer ou qualquer coisa assim, com pouco tempo. Lá fora tem mais cara de casa e talvez eu me sinta melhor andando por aí. Porque até na calçada, no gramado ou na mureta eu fico melhor e posso sentar durante minutos intermináveis. Quando atravesso a porta parece que tudo faz mal, quanto mais doce parece pior. Talvez eu fosse mais feliz quando as paredes eram brancas e a casa tão vazia que eu saia pra rua sem rumo porque parecia mais familiar.
Descrevo tudo nos mínimos detalhes para que talvez você possa entender e explicar, mas porque no final acho que é mais fácil eu ordenar as idéias e chegar a entender porque a tempestade é contínua. Porque mesmo que não pareça, eu quero sair dela, só estou tentando entender como.

Um comentário:

JIM Com Você disse...

O barato é esse mesmo. O grande buraco quente confortável ser o mundo, a calçada...