terça-feira, 25 de setembro de 2007

Relógio sem ponteiros;

Coerência para a minha mente significa tempo. Ela não funciona de forma lógica e exata. Funciona somente com o auxílio deste para organizá-la e sintetizar tudo o que se passa. As sínteses demoram, mas arrebatam... ou iluminam... de repente.
Vivo do tempo. Do tempo certo, de quando aconteço, do meu "instante-já". Relógio sem ponteiros. Não funciona quando me pedem, mas quando "aconteço". Com a lógica própria de não seguir uma lógica. Preciso do bem que não me peça tempo... mas para acontecer. E doce, de que precisa?

Eram tantos olhares, tantas expressões marcantes, que a vontade era arrancar-lhe os olhos. E como se arranca a sensação? Como se volta no tempo, como retornar o que se perdeu e o que não poderia se perder? Como se despedir, sem arrancar-lhe parte de si? Como domar o coração e o olhar, se eles tem vida própria dentro de mim.

...Corre coração, discorre, inebria.

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