terça-feira, 19 de junho de 2007

Por causa disto também.

Sentada, mais uma vez, na minha pausa e descanso na metade do dia, tentando me ambientar. De repente, surge na mesa, a primeira pauta, a minha e a deles, de certa forma. Mais uma teoria sobre o fim do mundo, desta vez, o mundo acabaria no ano de 2060. E mais uma vez, estou sentada na mesa para ser espectadora de mais uma daquelas conversas que começam sem destino e terminam sempre sem sentido.
Eles tratam a idéia de o mundo acabar como algo natural. Fazem o balanço do que precisariam para terminar a vida feliz. Começam a divagar sobre casas, carros, eletrodomésticos. E não seria qualquer um, queriam o melhor.
Pelo menos, nessas profeciais, nem eles acreditam. Mas então, começa aquele assunto, tema de tantas discussões, o aquecimento global. "Mas se ficar mais quente isso, eu nem quero viver até lá".
Até lá, ela vai vivendo, gastando, comprando, poluindo, colaborando com os processos de poluição, consequentemente com o aumento da emissão dos gases que provocam o efeito estufa, sem ter a mínima consciência da existência destes, e afinal ela não entenderia. E claro, continuaria a ser um daqueles agentes humanos, os principais agentes para acelerar o processo.

O mundo vai ser de certa forma inerente ao processo. Destruído, ele se constrói, após fases de aquecimento e de gelo. Ele já nos provou isso. Pobre aqueles, que ainda colocam no mundo as consequências de suas ações e não conseguem ver que no final, os prejudicados são eles mesmos.

No final, divagam sobre as novas descobertas no espaço e sobre os planos do homem conquistar outro planeta como Marte. E porque não mudar para lá?
Penso na lógica. Um lugar novo, recursos novos, e lá vai ele continuando no mesmo processo acumulativo. Acumular cada vez mais riquezas.

O homem muda de lugar, mas não de consciência.

E assim, o mundo vai. Até quando, não sei.

2 comentários:

Fernando S. Trevisan disse...

Fantástico.

Sim, continuamos, ignorando o que tememos e não compreendemos, como sempre fizemos.

Alguns compreendem. Destes, alguns agem. Dos que agem, alguns estão em posição de fazer muito. Outros, lutam por uma dessas posições.

E alguns apenas reclamam daqueles que não compreendem.

Eu quero estar em posição de fazer muito. E você?

(já sobre colonizar outros planetas, engraçado, mas li um artigo em inglês essa semana mesmo, sobre isso, e é inviável no futuro próximo. Quem sabe a Lua, mas ainda assim...)

:*! Ótimo texto =)

Fernando S. Trevisan disse...

Somos dois lados de uma moeda, hein? Eu voltar, você ir.

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:*